Gostaria de falar de Terceiro Setor e Voluntariado, como temáticas ligadas à Contabilidade, e que nesta sexta-feira (27.01.2012), atendendo a mais uma solicitação do Grupo Adimó para mais uma capacitação para cinco jovens que estão ingressando num projeto de serigrafia.
Estamos ligados ao Grupo Adimó desde a sua fundação no ano de 2007, digo isso porque sou eu e minha esposa Suely Rodrigues. Conhecemos o casal Chagas e Zélia no Encontro de Casais com Cristo em nossa paróquia de Nossa Senhora dos Remédios, em Picos, Piauí, no ano de 2006.
Chagas, mais conhecido como Mano Chagas, sempre ativo, buscando soluções para diversos problemas, resolve “criar um método de combate mesmo o racismo” (Costa e Ibiapino, 2011, p. 29). Recebemos por várias vezes o Chagas em meu antigo escritório de contabilidade e em nossa residência. Foram horas e mais horas de conversas, assim, resolvemos ajudar a desenvolver o Grupo Adimó, no campo das ideias e no que podíamos contribuir no aspecto contábil.
Primeiro veio o “Tambores pra Vida”, mas em 08 de julho de 2007 surge efetivamente o “Adimó”, como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), ganha estatuto e acontece a assembleia.
O Grupo Adimó cresceu, juntou mais pessoas, amigos, parceiros e voluntários, passou por duas sedes alugadas e no ano de 2011 ganhou, em regime de comodato, um espaço no antigo Hospital São Vicente, que pertence ao Grupo de Oração Vicentinos, ligado à Igreja Católica, situado na Rua São Vicente em Picos, Piauí. Neste local pretendem construir, de acordo com o projeto, uma sede própria.
Mas a capacitação a que me refiro é uma das ideias que o Chagas pretendia desenvolver com a ajuda dos membros do grupo e de jovens voluntários no ramo de serigrafia, como forma de agregar mais uma atividade permanente ao grupo e também uma forma de captar recursos para sustentabilidade do grupo.
Os participantes deste projeto são Daniela Sousa, Thays Fortaleza, Hildebrando Júnior, Josenide Bezerra e Natália Silva, que já fazem parte do grupo Adimó, com a coordenação do Mano Chagas e nesta semana iniciaram efetivamente os trabalhos de serigrafia no grupo, com a capacitação e prática, aguardando a etapa final para desenvolver a prestação de serviços nesta área.
A seguir os depoimentos dos participantes do grupo que passam a desenvolver o projeto de Serigrafia dentro do Grupo Cultural Adimó, como começou a capacitação nesta semana na sede do grupo.
“Tudo começou de uma grande ideia que ao passar do tempo vem sendo colocada em prática, uma atividade de Serigrafia dentro do Projeto Cultural Adimó, comandada por Mano Chagas. A seleção dos jovens começou ser feita muito tempo antes, através de projeto, programação e força de vontade. Começamos na segunda-feira, dia 23 de janeiro de 2012, o que aconteceu a primeira aula de serigrafia com o nosso coordenador. Ainda neste dia ele nos mostrou o que é realmente a serigrafia, pois antes nós só fazíamos ideia. Também aprendemos sobre os materiais que são usados para confecção da tela, falamos sobre cada um deles e como usá-los.”
“Na terça-feira foi a continuidade falando sobre os materiais e objetos na serigrafia para fazer a revelação. Também foi falado dos fundamentos como a importância que é trabalhar em grupo, no compromisso, disciplina, determinação dentro do grupo. Foi visto etambém como sair ganhando pelo produto e como podemos perder com as confecções. Falamos da importância da criatividade dentro da serigrafia que podemos trabalhar com várias opções e sempre renovar para atrair o público picoense, saber fazer um bom serviço, apesar da grande concorrência e como podemos vender nossos produtos.”
“Lembrando que nesses dois dias, logo depois das aulas sempre tinha algo a ser providenciado na prática, como exemplo a construção da reveladora, seus materiais e mais outros objetos. Mano Chagas sempre levou um ou dois integrantes do grupo para ir com ele essa parte. Foi bem importante não só porque estávamos conseguindo os materiais, mas porque nós estávamos aprendendo como negociar e com quem poderíamos contar. Nesse ponto as pessoas conhecem o nosso grupo de jovens que estamos levando essa ideia à diante e eles, de uma certa, forma passaram confiança para nosso grupo e pelos resultados nós também conseguimos passar para eles que chamamos “Amigos do Adimó” pelo fato deles prestarem serviço voluntário, sempre ajudando o grupo.”
“Na quarta-feira começamos a aula de como construir nossa mesa reveladora, a importância dos materiais que em breve vamos usar das luzes, a quantidade de emulsão e sensibilizante. Logo fomos para parte de montagem da reveladora, medimos toda parte interna que foi de 90 cm por 70 cm, depois dividimos e chegamos à distância exata das lâmpadas de 20 w. É muito importante ter distâncias iguais para um bom resultado, logo víamos a perfuração para colocar as presilhas de sustentação das lâmpadas e depois os ganchos, em seguida entramos na parte da eletricidade para fazer a ligação final.”
“Nós aprendemos e trabalhamos juntos tanto nas aulas como na prática dos que aprendemos, pois mantendo a certeza quando surgir um problema, com certeza teremos a solução.”
“Obtemos bom resultado não só na montagem, mas na aprendizagem da construção da relevadora, de forma igual para todos. No Projeto da Serigrafia temos o Mano Chagas como Coordenador, a Natália é a Administradora, Thays é a tesoureira, Josy é a produtora, Danila e Júnior na parte de vendas. Cada integrante do grupo tem sua função.”
Conclui os trabalhos nesta sexta-feira com o grupo, dando minha contribuição de voluntário, com uma exposição sobre planejamento, objetivos a curto, médio e longo prazo. Ainda fiz uma explanação sobre voluntariado. Tive a oportunidade de conhecer o projeto, tirar algumas fotografias para registrar esse início de etapa no grupo. Fico contente em ver que o grupo está crescendo com o esforço de todos os membros e da diretoria, dos voluntários e dos amigos colaboradores.
Fonte: (Costa e Ibiapino. Só os teimosos persistem. Trabalho Monográfico. Universidade Estadual do Piauí, julho - 2011, p. 29).
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